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Uberlândia ultrapassa 500 mortos por Coronavírus

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Mais de 500 pessoas morreram vitimas de Covid-19 em Uberlândia. O número de infectados pela doença no município passa de 26 mil. De acordo com o último balanço semanal, divulgado na sexta-feira (18), pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foram registrados na cidade, na última semana, 32 óbitos. Houve mais de 40 mortes em cada uma das quatro semanas anteriores. 

No gráfico abaixo é possível acompanhar o número semanal de novos casos desde o primeiro levantamento realizado pela Prefeitura Municipal no dia 21 de março. Na primeira semana foram contabilizados 5 casos, já na última 1.824 habitantes  foram infectados em Uberlândia.

O último balanço semanal da SMS também informa sobre o perfil das pessoas que morreram. Os dados desmentem afirmações recentes de negacionistas que afirmaram que pessoas jovens não seriam, ou seriam pouco, afetadas. Mais de 50 mortos tinham menos de 59 anos. 

No total, 201 mulheres morreram pela Covid-19, enquanto o número de homens é superior, totalizando 302 casos na data da publicação do balanço.

Já nessa quarta-feira (23), a SMS informou, por meio do boletim epidemiológico, que mais cinco óbitos foram registrados em Uberlândia nas últimas 24 horas, aumentando o total para 532 vítimas. 

Ainda de acordo com a SMS,  234 pessoas estão hospitalizadas com sintomas da Covid-19 na cidade. São 119 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 115 em leitos de enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos destinados ao Coronavírus na rede municipal é de 83%.

A cidade chegou a registrar, por duas ocasiões, 100% de ocupação nas UTIs, sendo a primeira vez entre 26 e 29 de junho e a segunda entre 23 de agosto e 3 de setembro. As vagas em UTI podem voltar a se esgotar rapidamente. Isso pode ocorrer porque o número de leitos já se mostrou insuficiente e, porque o tempo de internação de pacientes com coronavírus pode ser muito longo, como no triste caso da juíza Édila Moreira Manosso, da 2ª Unidade Jurisdicional da comarca de Uberlândia, que faleceu no último domingo (15), após permanecer 100 dias na UTI. 

Os números expõem a grave situação do município em relação à pandemia mundial, mas é muito fácil encontrar quem ignora as medidas profiláticas e se comporta como se o problema estivesse resolvido e todos fossemos imunes. Uma possível explicação para tal fato pode ser encontrada em uma simples consulta virtual ao termo “Negacionismo”. Já na primeira definição disponível a Wikipédia nos ensina que “Negacionismo é a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável. Trata-se da recusa em aceitar uma realidade empiricamente verificável. Na ciência, o Negacionismo é definido como a rejeição de conceitos básicos, incontestáveis e apoiados por consenso científico em favor de ideias tanto radicais quanto controversas.” A enciclopédia informa ainda que “Supõe-se que o Negacionismo seja provocado por diversos motivos, como crenças religiosas, proveito próprio ou como um mecanismo de defesa contra pensamentos perturbadores.”

As pessoas sem máscaras nas ruas, aglomeradas em bares e em festas onde fingem esquecer a necessidade de só sair de casa quando não for possível evitar, podem ser considerados exemplos deste conceito. Algumas são motivadas pelo obscurantismo do atual governo e outras simplesmente podem ter se cansado da rotina estressante de confinamento, luto, medo pela própria sobrevivência e pela manutenção da vida de nossos entes queridos. Seja qual for o motivo, os resultados são os mesmos e não adianta negar.

Letícia França – Jornalista da ADUFU

*Esta seção é dedicada à exposição da opinião pessoal e das análises profissionais dos jornalistas da ADUFU-SS

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