imprensa@adufu.org.br

Compartilhar

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Professores/as da UFU debatem propostas para o calendário acadêmico em roda de conversa na ADUFU

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Por Isley Borges, jornalista da ADUFU

Docentes reafirmam a defesa do “janeiro livre” e criticam o Trabalho Discente Efetivo (TDE)

Na tarde do dia 10 de fevereiro de 2025, a ADUFU – Seção Sindical realizou uma roda de conversa para discutir as propostas de calendário acadêmico da graduação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O encontro ocorreu presencialmente na sede da entidade e contou com participação remota de docentes dos campi Ituiutaba, Monte Carmelo e Patos de Minas, bem como daqueles que não estavam em Uberlândia no momento da reunião.

“Nós fizemos uma discussão muito sólida sobre as propostas de calendário e ela foi muito produtiva no sentido de ter resgatado princípios fundamentais que poderão auxiliar no processo de tomada de decisão dos/as docentes que compõem o Conselho de Graduação. Nós relembramos, inclusive, a época na qual nos organizássemos em 15 semanais, e não 18, como é atualmente. Nós estamos dispostos a ceder em algumas coisas para a regularização do calendário, mas não cederemos em outras, como é o caso do janeiro livre”, conta a professora Olenir Mendes, secretária cultural da ADUFU.

Durante a discussão, os/as presentes analisaram as quatro propostas de calendário acadêmico apresentadas pela Pró-Reitoria de Graduação da UFU (PROGRAD). Três pontos centrais foram amplamente debatidos: a duração dos semestres letivos, a inclusão de dias de Trabalho Discente Efetivo (TDE) e a manutenção do “janeiro livre”. A categoria defendeu que os 90 dias letivos em sala de aula por semestre devem ser adotados apenas em caráter excepcional, enquanto a universidade trabalha para regularizar seu cronograma acadêmico.

“O TDE é um modelo de trabalho que não funciona efetivamente. Por não ser ainda regulamentado, cada docente trabalha de uma maneira e isso resulta em um período improdutivo. Na minha visão, nós não podemos aceitá-lo como parte do nosso calendário”, opina Camila Coimbra, professora da Faculdade de Educação (FACED).

Outro ponto de consenso foi a crítica à previsão de dez dias de TDE, que consiste na realização de atividades acadêmicas pelos estudantes sem a presença física do professor. Segundo os/as docentes, esses dias não garantem um acompanhamento adequado e não proporcionam um aprendizado efetivo, tornando-se, na prática, dias sem impacto significativo na formação dos estudantes.

A exigência pelo “janeiro livre” também foi reiterada pelos professores e professoras. Essa demanda foi pactuada no acordo da última greve e, segundo os e as  participantes, trouxe um impacto positivo no descanso da categoria. Muitos relataram que, ao ter um mês inteiro de férias garantido, conseguiram recuperar-se de forma adequada para iniciar um novo período letivo.

“Pela primeira vez depois de alguns anos, por causa do janeiro livre, de férias, sinto que consegui descansar e verdadeiramente recarregar as energias”, comenta Davi Roveri, professor do curso de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações do campus Patos de Minas. Neste mesmo sentido está a defesa do professor Luiz Caetano Salles, da Faculdade de Direito (FADIR): “Nós precisamos mesmo exigir as nossas férias em janeiro, isso é uma questão de dignidade. A universidade deve planejar o seu calendário tomando esta questão como uma exigência verdadeira e legítima da categoria docente”, afirma.

Ao fim do encontro, a ADUFU expressou que defenderá os critérios debatidos durante a reunião. A entidade pretende também se reunir com o relator, além de solicitar a ele e à administração superior da UFU a reformulação de alguma das propostas apresentadas, de forma a contemplar as demandas da categoria docente apresentadas na reunião.