imprensa@adufu.org.br

Compartilhar

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Nota em apoio à Jornada das Mulheres Sem Terra em Minas Gerais e em repúdio aos ataques do governador Romeu Zema

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

A ADUFU – Seção Sindical, gestão Florescer nas Lutas, manifesta total apoio à Jornada das Mulheres Sem Terra em Minas Gerais, que realizou uma ocupação em 8 de março em Lagoa Santa. A ação coordenada pelas mulheres Sem Terra, integra a Jornada Nacional de Lutas, que tem como o lema “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”. A ocupação é motivada pelo não cumprimento da função social da terra, já que a propriedade é improdutiva. O MST pede que a lei seja cumprida e que a área seja destinada à Reforma Agrária. 

A ADUFU manifesta seu repúdio ao governador Romeu Zema, que fez declarações irresponsáveis, em vídeo publicado em suas redes sociais na noite do último domingo (10/03) e o seu apoio à luta das famílias e mulheres sem terra do nosso estado.

No referido vídeo, Romeu Zema afirma que está enfrentando “invasões de terras produtivas” em Minas Gerais. No entanto, a declaração de Zema vai na contramão do que diz o sistema de justiça mineiro, que indeferiu o pedido liminar de reintegração de posse dos supostos proprietários, uma vez que eles não conseguiram provar a posse da terra. Ademais, tudo indica que as terras mencionadas pelo governador estão improdutivas, já que estão abandonadas há quase 10 anos.

Romeu Zema, no vídeo, ainda recomenda a produtores rurais que façam o registro de sua produção para comprovar a produtividade de suas terras. Todavia, existem instrumentos específicos utilizados para comprovação da produtividade de uma terra, não sendo adequada esta forma de registro objetivando tal comprovação.

O governador declara que se posicionará pelo cumprimento das decisões judiciais caso ocorra alguma ocupação de terra no estado, entretanto, por meio de um cerco da Polícia Militar, tem impedido o direito de ir e vir da população, dificultando a entrada de suprimentos, equipes médicas e apoiadores nos locais de ocupação. Vale ressaltar que a Defensoria Pública do estado já se manifestou, exigindo o fim do cerco ilegal da PM. Zema afirma, ainda, que dará apoio incondicional aos proprietários de terra, criminalizando os movimentos sociais e a luta pelos seus direitos. Em nota, o MST esclarece “que não ocupa terras produtivas, e que a ocupação de terras é um direito legítimo consagrado na Constituição Federal”. 

A ADUFU – Seção Sindical repudia as declarações de Zema, que revelam seu desrespeito à democracia, às leis, ao sistema judiciário, aos movimentos sociais e ao povo mineiro. Ainda manifestamos o nosso apoio e a nossa solidariedade às famílias sem terra, em especial às mulheres que estão ocupando as terras improdutivas de Minas Gerais.

Mesmo cercada pela Polícia Militar de Zema, que impede a entrada e saída de pessoas, água e comida, a Jornada das Mulheres Sem Terra em Minas Gerais segue em resistência na ocupação. Para contribuir, o Armazém do Campo de Belo Horizonte está organizando uma ação solidária de arrecadação de recursos para água e comida, e também vai receber doações a partir das 14 horas. Contribuições para a luta podem ser enviadas pelo PIX armazemdocampobh@gmail.com.

Vamos à luta com  o MST por justiça social e segurança alimentar!

Imagem de destaque: MST