imprensa@adufu.org.br

Compartilhar

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Nota de repúdio aos cortes orçamentários do governo Bolsonaro no findar de seu mandato

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Na última quinta-feira (01/12), o Ministério da Educação liberou R$ 366 milhões que estavam congelados desde o dia 29 de novembro. Ainda no mesmo dia, depois de algumas horas, o Ministério da Economia divulgou um decreto que bloqueia R$ 1,36 bilhão da verba que seria destinada ao MEC. Em nota oficial emitida pela UFU, “[…] O novo Decreto zerou o limite de pagamentos das despesas discricionárias do Ministério da Educação – MEC previsto para o mês de dezembro”.

Este decreto afeta todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), universidades e institutos, que foram atingidas e não possuem previsão para efetuar transações financeiras a partir de dezembro de 2022. Com o caixa discricionário zerado, o reitor da UFU, Valder Steffen Junior, e o pró-reitor de Planejamento e Administração, Darizon Alves de Andrade, exclamam apoio aos/as estudantes e políticos para rever o bloqueio orçamentário, em coletiva de imprensa realizada no dia 06/12.

Nessa perspectiva, a situação que antes já não era satisfatória se torna cada dia mais insustentável. De acordo com o reitor da UFU, a Universidade previa cerca de R$ 13 milhões de dívidas ao fechar o ano de 2022, que seriam pagas com a verba de 2023. A instituição afirma não ter como pagar auxílio estudantil, bolsas de residência, contratos de limpeza, segurança, energia, transporte e alimentação, entre outros – prejudicando, dessa forma, o funcionamento dos campi até o fim do semestre.

Após a pandemia da Covid-19 e o retorno às aulas presenciais em 2022, esperava-se um maior suporte financeiro para as IFES, levando em consideração que a crise sanitária exigia medidas protetivas e boas condições de ensino. Por outro lado, o (des)governo Bolsonaro decidiu contingenciar e amplificar os cortes dos recursos do MEC, deixando inúmeros/as estudantes desamparados e sem perspectiva dentro das universidades, desvendando os prejuízos deixados pela tentativa de compra de votos para sua reeleição. O único projeto que avistamos nesses quatro anos de perversidade no Congresso é o do desmonte da educação e da ciência.

A ADUFU-SS repudia e se manifesta contra os cortes do governo Bolsonaro na educação pública, tão nocivos e desastrosos, que ameaçam estudantes e professores/as que lutam e defendem a educação pública, laica, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Conclamamos também que as instituições competentes — Reitoria, Advocacia Geral da União, Ministério Público, etc. — tomem as devidas providências para a tão incensada garantia de contratos, cobrada pelo liberalismo para proteção do capital, mas sonegada aos trabalhadores quando garante a sua sobrevivência e da educação pública.

O governo Bolsonaro faliu o Brasil!