A Diretoria Executiva da ADUFU – gestão Florescer nas Lutas – expressa solidariedade aos professores Reginaldo Nasser e Bruno Huberman, que trabalham na área de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), frente à perseguição promovida por um grupo de estudantes sionistas da referida instituição.
É de extrema perversidade o silêncio e a apatia de amplos segmentos sociais brasileiros, em particular nas universidades, diante do genocídio cometido por Israel contra o povo palestino e que se intensificou há mais de um ano. Até o momento, essa intensificação se expressa na espantosa quantidade de assassinados: são pelo menos 42 mil palestinos assassinados, sendo que, das mortes verificadas, quase 70% são de mulheres e crianças, conforme informou o Escritório de Direitos Humanos da ONU.
Não por acaso, o Tribunal Penal Internacional emitiu no dia 21 de novembro de 2024 um mandado de prisão contra o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Nesse sentido, é inadmissível que professores sejam coagidos a dar explicações sobre suas atividades docentes e científicas sob falsas acusações de antissemitismo. Ambos os professores são profícuos intelectuais em suas áreas de atuação e que não podem ser constrangidos por erguerem suas vozes diante de um genocídio amplamente reconhecido pela comunidade internacional. Tampouco pode ser perseguido e acusado de antissemitismo quem denuncia os crimes do Estado sionista de Israel contra o povo palestino.
Por isso, a ADUFU reafirma sua solidariedade e apoio aos professores Reginaldo Nasser e Bruno Huberman, à luta da resistência palestina e à ruptura, por parte de universidades e sociedades científicas brasileiras, de acordos institucionais de cooperação com Israel.
Uberlândia, 29 de novembro de 2024