A reunião contou com discussões sobre o funcionamento a composição e o calendário das próximas reuniões e a participação da jornada nacional de mobilização em torno da campanha salarial dos/as servidores/as públicos/as
A primeira reunião da Direção Colegiada da ADUFU após a posse das eleições que elegeram representantes para o biênio 2023-2025 ocorreu na tarde desta terça-feira, 24, na sede da seção sindical. Convocada pela Diretoria Executiva, a reunião teve como objetivo discutir e deliberar sobre dois importantes temas: a organização em torno das reunião da Direção Colegiada no próximo período e, ainda, a participação da ADUFU na Jornada de Mobilização em torno da campanha salarial dos/as servidores/as públicos/as, convocada pelo ANDES – Sindicato Nacional, pela Fasubra e pelo Fonasefe, agendada para os dias 07 e 08 de novembro.
O encontro foi iniciado por uma apresentação dos e das docentes recentemente eleitos e eleitas, uma vez que a composição atual da Direção Colegiada é bastante diversa e agrega professores e professoras de diversos cursos e campi da universidade. Após a apresentação, a presidenta da ADUFU, professora Jorgetânia Ferreira, e a Secretária Cultural, professora Olenir Mendes, iniciou os informes da Diretoria Executiva, a saber: 1) Apoio e cessão do espaço da seção sindical para primeira reunião de formação do comitê em apoio à resistência palestina; 2) Organização pela ADUFU de um debate sobre os conflitos entre Israel e Palestina, com a presença do jornalista e militante Breno Altman, na noite do dia 07 de novembro; 3) Providências quanto a material de divulgação, afixado nos campi da UFU, que incita discentes a denunciarem docentes que fizerem “doutrinação”, algo que afronta a liberdade de cátedra; 4) Realização do Boteco da ADUFU no dia 17 de novembro, como forma de celebração do final do semestre, contando com espaço especial para as crianças.
Quanto ao funcionamento, a composição e o calendário das reuniões da Direção Colegiada, o professor Frank Miranda sugeriu que, para além das comunicações formais por e-mail, seja criado um grupo de Whatsapp para melhor integração da Direção. A presidente da ADUFU esclareceu, inicialmente, que a composição da Direção Colegiada agrega a Diretoria Executiva, os/as representantes das Unidades Acadêmicas (proporcional ao número de filiados/as) da UFU, os/as representantes dos Grupos de Trabalho da ADUFU e os/as representantes de Comissões da seção sindical. Os/as presentes na reunião apresentaram as suas compreensões sobre o papel da Direção Colegiada e a necessidade de uma consulta minuciosa acerca das disponibilidades dos/as membros/as para se projetar um calendário periódico, com alternância de dias da semana para ocorrência das reuniões.
Sobre a convocação nacional para a jornada de mobilização em torno da campanha salarial dos/as servidores/as públicos/as federais, foi explicado pela presidenta da ADUFU, professora Jorgetânia Ferreira, a não inclusão por parte do governo do reajuste salarial para os/as servidores na Lei Orçamentária Anual (LOA), que não prevê nenhum índice para o aumento salarial. Por isso, o ANDES – Sindicato Nacional, a Fasubra e o Sinasefe estão convocando uma paralisação nacional, com duração de 48h, nos dias 07 e 08 de novembro. A proposição inicial da Diretoria Executiva é a convocação de uma Assembleia Geral, em 30 de outubro, para debate e deliberações sobre a questão. A Paralisação Nacional da Educação Federal de 7 e 8 de novembro terá como pautas: recomposição salarial; reestruturação das carreiras; equiparação de benefícios; revogaço de medidas contra os servidores; defesa da Educação Pública; contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020).
Confira, a seguir, alguns posicionamentos de professores e professoras que fazem parte da Direção Colegiada acerca da proposta de mobilização em torno da campanha salarial acima mencionada:
Em relação à discussão sobre a necessidade da paralisação, a professora Maria Lúcia Vannuchi lembra: “O próprio presidente Lula expressou que o governo precisa de movimentos sociais na rua. Então, é uma necessidade ter o movimento social na rua para alcançarmos os nossos direitos”.
“É importante que cada um de nós levemos essa pauta para as nossas unidades acadêmicas, fazendo uma conversa que mobilize os nossos colegas. Precisamos de uma Assembleia representativa, que expresse a nossa força de mobilização”, opina a Secretária Cultural da ADUFU, professora Olenir Mendes.
“É muito importante que nós atentemos para estes dois dias de paralisação propostos. Seria importante que socializássemos as informações sobre como andam as negociações com o governo federal. Nesse sentido, uma das atividades que nós podíamos pensar nestes dias é uma roda de conversa com este repasse de informações”, sugere Leonardo Moraes, Secretário de Formação Sindical da ADUFU.
“As grandes manifestações políticas geralmente são organizadas com mais tempo. Para mim, estas datas propostas estão muito próximas e eu não acredito em paralisações feitas desta maneira, pois não vamos conseguir paralisar quase ninguém. Eu sou mais favorável a uma ideia de mobilização e não de paralisação”, sugere Thiago Tolentino, professor do Instituto de História da UFU.
“Penso que precisaremos pensar em instrumentos de mobilização e podemos, inclusive, utilizar como referência para isso a pesquisa da ADUFU que foi realizada com a base sindical”, propõe Luiz Caetano de Salles, professor da Faculdade de Direito da UFU.
“Nós precisamos de um movimento fortalecido para criarmos um outro patamar para as nossas negociações com o governo. É preciso pressionar, pois não existe conquista da classe trabalhadora que foi conseguida sem luta e sem pressão dos movimentos sociais. Nós vivemos tempos de desesperança. As pessoas estão endividadas, adoecidas e sobrecarregadas e nós precisamos acreditar nas nossas ferramentas de luta. É preciso ocuparmos os espaços com os debates sobre mobilização, sobre salário, sobre as nossas pautas”, pontua Jorgetânia Ferreira, presidenta da ADUFU.
Após ampla discussão, será indicada para a Assembleia a necessidade de mobilização em torno da campanha salarial, pensando em atividades de interesse da categoria docente e que apresentem de maneira mais aprofundada as pautas de reivindicação. Além disso, indica-se a possibilidade do envio de uma caravana para Brasília para participação das atividades nacionais, nos dias 07 e 08, e organização de atividades em Uberlândia.
• Confira a cobertura fotográfica da reunião: