Evento conta com pauta única, objetivando balanço e definição da relação entre o sindicato nacional e a central sindical
Isley Borges, de Brasília-DF
O 14º Conad Extraordinário do ANDES – Sindicato Nacional teve início na manhã deste sábado (12) na Universidade de Brasília (UnB). O evento reúne delegados/as e observadores/as de todo Brasil. A categoria docente da UFU foi representada pelos professores Sidiney Ruocco Júnior (presidente da ADUFU-SS) e Silma Nunes (secretária-geral da ADUFU-SS), indicados em Assembleia Geral. O propósito do evento é fazer um balanço da filiação do ANDES-SN à CSP-Conlutas e decidir pela permanência ou desfiliação do sindicato à Central. Os números do Conselho são: 77 seções sindicais, 71 delegados/as, 126 observadores/as, 8 convidados/as, 31 diretores/as do ANDES-SN, num total de 236 pessoas.
“O Conad deverá fazer uma indicação sobre o tema para o Congresso do ANDES, que ocorrerá em fevereiro, em Rio Branco – AC. O que podemos observar pelas falas feitas até o momento é que há uma maioria perceptível favorável à desfiliação do ANDES da CSP-Conlutas”, conta Ruocco Junior.
A manhã se iniciou com uma apresentação cultural de Martinha do Coco Paranoá. Em seguida, prosseguiu-se com a Plenária de Abertura, com participação de diversas entidades e movimentos sociais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Auditoria Cidadã da Dívida, a Fasubra, o Diretório Central dos Estudantes da UnB, o Sinasefe, dentre outras. Após, ocorreu a Plenária de Instalação do Conselho, que definiu os parâmetros organizativos.
Pela tarde, o Conad voltou-se para a discussão sobre Conjuntura e Movimento Docente (Plenária I). Os textos foram apresentados e foi aberto um bloco de 24 falas. De um modo geral, os/as presentes pontuaram o simbolismo para a classe trabalhadora da significativa vitória de Lula nas eleições presidenciais e a necessidade de organização da categoria docente no sentido de pressionar o novo governo a atender as pautas da área da educação.
“Um tema importante que também figurou nas discussões foi a necessidade de articulação da categoria docente para a posse de Lula, no sentido de garantir que o resultado das urnas seja respeitado. A análise de muita gente é a de que o ANDES precisa apoiar as seções sindicais para que estejam presentes”, revela Nunes.
Após a Plenária, ocorreu o ato “Com racismo, não há democracia”, em referência ao Novembro Negro, mês que abriga o Dia da Consciência Negra (20). Os participantes do Conad saíram da Casa do Professor (sede da AdUnB) em direção à Praça Chico Mendes. Na praça, foram lidas poesias de autores/as negros/as e realizadas falas sobre a importância do combate ao racismo.
Pela noite, os/as docentes se reuniram em Grupos Mistos para formulações e discussões sobre o tema “Questões Organizativas – CSP-Conlutas: balanço sobre atuação nos últimos dez anos, sua relevância na luta de classes e a permanência ou desfiliação da Central”. O tema será levado à Plenária II, na manhã do domingo, 13.