Entre os dias 06 e 09 de dezembro ocorrem em Foz do Iguaçu, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), três importantes eventos organizados pelo ANDES-SN: o II Seminário Internacional Educação Superior na América Latina e Caribe e Organização das Trabalhadoras e Trabalhadores, o I Seminário Multicampia e Fronteira e o I Festival de Arte e Cultura “Sem Fronteiras a arte respira lucha”.
O presidente da ADUFU, professor Sidiney Ruocco, e o membro do Grupo de Trabalho de Comunicação e Arte, professor Eduardo Tullio, representam a seção sindical.
O primeiro dia contou com apresentações culturais das cantoras Mariela Gerez (Argentina) e Marina Araldi (Unila) e do grupo de Teatro Cote’coi (Unila). O dia também foi marcado por duas mesas de debate: “Educação Superior na América Latina e Caribe e Organização dos/as Trabalhadores/as”, composta por Cláudia Baigorria (Conadu-H/Argentina), Felipe Jesus Perez (Universidad Pedagogica Enrique Varona/Cuba) e Nicolas Marrero (ADUR/Uruguai); “Universidade na América Latina e opressões da sociabilidade capitalista”, composta por Alhelí Cáceres (UNA PY/Paraguai), Federico Zelada (UMSA/Colômbia), Moisés Lobão (UFAC/Brasil) e Zuleide Queiroz (Urca/Brasil).
A quarta-feira, 07 de dezembro, se iniciou com um importante ato em defesa da educação e em defesa da integração latino-americana, ocorrida na Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai.
A primeira mesa redonda do dia ocorreu no auditório da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná). Intitulada “Universidade, condições de trabalho e lutas sociais na fronteira”, a mesa foi composta por Andrea Moassab (UNILA), José Sávio (UFAC) e Susana Cavalheiro (Unipampa).
De maneira geral, a mesa discutiu as especificidades das universidades em regiões de fronteira, que sofrem com a burocracia para o trânsito entre as cidades, com o clientelismo, conservadorismo e autoritarismo do agronegócio e do capital, além de lidar com um público de estudantes com considerável déficit de aprendizagem.
Já a segunda mesa de debate ocorreu no Auditório Martina da Unila, com o título “Universidade e lutas dos povos originários e afrodecendentes”. Foi composta por Camille Chalmers (Haiti), Maria Raimunda (UFF) e Senilde Guanaes (UNILA). Os membros compartilharam as suas experiências sobre identidade, sociabilidade e aquilombamento.
Além disso, como parte da programação do I Festival de Arte e Cultura, o público foi presenteado com apresentação musical de Duo Che Valle (que executou canções do Paraguai e da Argentina) e Elenco folclórico Avances internacional de Ciudad del Lest, com a Maestra e coreógrafa Soledad Álvarez.
A quinta-feira, 08 de dezembro, foi o terceiro dia de três importantes eventos organizados pelo ANDES-SN: o II Seminário Internacional Educação Superior na América Latina e Caribe e Organização das Trabalhadoras e Trabalhadores; o I Seminário Multicampia e Fronteira e o I Festival de Arte e Cultura, que ocorrem na Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Nestes eventos a ADUFU-SS está sendo representada pelo seu presidente, professor Sidiney Ruocco Junior, e pelo professor Eduardo Tullio, que compõe o Grupo de Trabalho de Comunicação e Arte.
O dia se iniciou com mesa redonda intitulada “Universidade, pandemia e mudanças tecnológicas na América Latina: uma nova forma de exclusão”. Ela foi composta por Amanda Moreira (UERJ), Ivan Lopez (UNAM/México), Javier Blanco (UNC/Argentina) e Juliana Melim (UFES). Em síntese, a mesa debateu a forma como a pandemia acentuou a utilização de tecnologias de informação e comunicação e, consequentemente, excluiu docentes e estudantes que não se adequaram a um novo processo de ensino-aprendizagem.
Já a segunda mesa de debate, com o título “Os desafios das universidades públicas multicampi no Brasil”, foi composta por diversas seções sindicais: UNEB (Milton Pinheiro), UEMG (Túlio Lopes), UFF (Kate Lane), UFAM (Valmiene Freitas), IFRS (Claudio Fernández) e Unioeste (Gilberto Calil). Todas as universidades representadas na mesa possuem multicampia e muitos desafios em torno da pulverização de suas unidades, que passam por questões de financiamento, hierarquia, comunicação, deslocamento, dentre outras.
O presidente da ADUFU-SS, professor Sidiney Ruocco Junior, realizou intervenção na mesa redonda supracitada, relatando um caso específico da UFU, onde professores lotados em Uberlândia e que trabalham nos campi avançados da universidade não contam com diárias e passagens que garantam o seu deslocamento e a sua permanência em localidade diferente daquela referente à sua lotação.
Esta questão tem sido estudada pelo setor jurídico da seção sindical, no sentido de propiciar aos docentes a não precarização de seus trabalhos e a garantia de seus direitos enquanto indivíduos que se encontram em trânsito para realização de suas funções.
Além de relatar o caso, o presidente da ADUFU expõe a situação para que o ANDES possa, eventualmente, capitanear a luta em torno do tema, que pode atingir outras seções sindicais além da ADUFU:
Além disso, como parte da programação do I Festival de Arte e Cultura, apresentaram-se os professores Marcelo Villena, Ana Lúcia Fontenele, e a jornalista e intérprete Priscila Duque.
Às 19h, os/as participantes assistiram ao filme Eami, de Paz Encina, um drama paraguaio de 2022, exibido no 51º Festival Internacional de Cinema de Roterdã e ganhador do Prêmio Tigre. Em seguida, ocorreu debate sobre a película no Selina Bar.
“Minha avaliação é bastante positiva. Nestes eventos que ocorreram em Foz pudemos discutir e aprofundar temas que não são debatidos em espaços formais do ANDES, como os Conads e Congressos”, avalia Ruocco Junior.
O último dia de eventos, sexta-feira (9), contou com mesa redonda que abordou o papel da arte e da cultura na resistência de nossos povos da América Latina, composta por Félix Eid (professor de música da Unila), Priscila Duque (artista do Carimbó de Belém do Pará) e Priscila Rezende (artista visual e performer de Belo Horizonte). No turno noturno, ocorreu irretocável show de Letícia Sabatella e músicos, na Caravana Tonteria.
“O evento contou com apresentações culturais de excelente qualidade, que reuniu artista da fronteira, do Paraguai e da Argentina. Além disso, os eventos colaboraram para minha formação política”, revela Tullio.
Assista a avaliação dos participantes dos eventos, professor Sidiney Ruocco e professor Eduardo Tullio: