LUTAS PANDÊMICAS: #VacinaPraGeral
No contexto da pandemia do novo coronavírus e com o eminente debate sobre a vacinação contra o vírus, afloram os pensamentos negacionistas que questionam a origem e a eficácia das vacinas. Parte da população mostra-se resistente à vacinação por conta das fake news propagadas pelos conservadores e anti-ciência: a vacina contra o coronavírus alteraria o DNA humano, provocaria uma mutação do gênero da pessoa, inseriria um microchip de controle no corpo do vacinado, conteria em sua composição células de fetos abortados, teriam morrido voluntários que se disponibilizaram a compor o grupo de testes das vacinas, dentre outros absurdos. E nada disso é verdade!A importância da vacinação em massa para imunização da população contra doenças é inquestionável e respaldada por especialistas, pela ciência, pelas universidades. Neste contexto, a ADUFU – Seção Sindical reafirma a sua luta por direitos e o seu compromisso com a ciência, exigindo do poder público vacina para geral, já!
PORQUE IMUNIZAR A POPULAÇÃO É IMPORTANTE?
Foi por causa da vacinação massiva de sua população que o Brasil conseguiu erradicar doenças que faziam vítimas fatais ou deixavam sequelas. As vacinas ainda colaboram para a prevenção de epidemias de doenças ainda existentes.O atual Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado em 1973 e é gerido pelo Ministério da Saúde. Inicialmente, eram disponibilizadas aos recém-nascidos vacinas para apenas quatro doenças. Depois de 44 anos, o programa conta com 14 vacinas para bebês e crianças, sete para adolescentes e cinco para adultos e idosos. A poliomielite, a rubéola e o sarampo, por exemplo, foram eliminadas graças a esse planejamento proporcionado pela gestão pública da saúde no Brasil. Vale lembrar que o Brasil possui uma das populações mais imunizadas do mundo e que as vacinas sempre garantiram segurança e qualidade de vida.Defenda o SUS, defenda a imunização, confie na vacina!Fonte: Portal Fiocruz.
OS TIPOS DE VACINA CONTRA A COVID-19
Desde meados da pandemia estão sendo desenvolvidas vacinas no mundo todo para imunização contra a Covid-19.Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 44 vacinas chegaram à fase dos testes clínicos, que compreende a testagem em humanos. Dessas, dez atingiram a fase terceira de estudos, que opera com o recrutamento de voluntários para comprovação da eficácia da vacina.Neste momento, quatro tipos de vacinas, de quatro laboratórios diferentes, receberam autorização para experimentos em larga escala (já que o Brasil é um dos países com maior circulação do vírus), são eles: Astrazeneca/Oxford, Sinovac, Janssem e Pfizer/Biontech/Fosun Pharma.Todas as vacinas levam ao organismo humano informações que desencadeiam a produção de defesas contra o novo coronavírus de maneira antecipada. Poderíamos classificar como tipos de vacinas: as vacinas de vírus inativado, que contém amostras do vírus “morto”; as vacinas de vetor viral, na qual a proteína ativa de um vírus é inserida em um outro vírus (modificado em laboratório), que é impedido de se multiplicar; as vacinas genéticas, que inserem ácidos nucleicos do vírus no corpo, o que gera produção de defesas; e as vacinas proteicas sub-unitárias, que são feitas com fragmentos dos vírus ao invés de amostras completas.Tais vacinas só podem ser aplicadas após liberação das agências controladoras, que avaliam com cuidado a qualidade das produções. Confie nas vacinas e defenda o SUS!Para mais informações, acesse:
O PODER DA CIÊNCIA E DAS UNIVERSIDADES EM TEMPOS PANDÊMICOS
A ciência e as universidades sempre trabalharam no combate ao coronavírus e em favor da população. Mesmo à distância e, muitas vezes, com poucos recursos pesquisadores desenvolveram importantes projetos e estudos que nortearam e norteiam a maneira como agimos diante da pandemia.No dia 06 de abril de 2020, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em seu portal de notícias, divulgou que a universidade receberia verba do Ministério da Educação (MEC) para realizar testes de coronavírus em Uberlândia e Patos de Minas. O investimento chegou a R$2,8 milhões e foi possível graças ao trabalho de docentes pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas e do Instituto de Biotecnologia da UFU. Tais institutos também estiveram envolvidos nos estudos para desenvolvimento da vacina.Vale, ainda, lembrar de iniciativas como a do professor Alexandre Guarato, do curso de Engenharia Mecânica da UFU, que por meio de um projeto com alunos/as colaborou para o desenvolvimento de máscaras de proteção para profissionais de saúde, feitas a partir da impressão 3D. Existiu, também, a parceria entre a ADUFU e o Instituto de Química para a produção e distribuição de álcool 70% em gel e glicerinado, visando à não disseminação do vírus.Mesmo com cortes orçamentários, remanejamentos de bolsas de pesquisa e ódio do governo federal à ciência, docentes, pesquisadores, cientistas continuam trabalhando incessantemente.Seja sequenciando o genoma do coronavírus, seja alertando a população para a importância do SUS, seja elaborando vacinas, a ciência avança contra a pandemia, enquanto o governo deixa evidente o seu despreparo.
BOLSONARO NA CONTRAMÃO DA CIÊNCIA
O negacionismo de Bolsonaro e seu governo propicia a desinformação e colabora para a disseminação do vírus.
O presidente, a sua família e a maioria de seus ministros, desde o início da pandemia do coronavírus, questionaram o uso de máscaras como medida de proteção, não respeitaram o isolamento social, defendem a utilização de medicamentos não comprovados cientificamente para o tratamento da doença e, mais recentemente, colocam a eficácia e a importância da vacina em dúvida.
Afirmando que o coronavírus seria apenas uma gripezinha e polarizando o debate público sobre aspectos da pandemia, Bolsonaro demitiu dois ministros da saúde médicos e colocou no lugar um militar especialista em logística que não conseguiu, até hoje, apresentar um plano sério de vacinação para a população brasileira.
Ao contrário de Bolsonaro, a ADUFU confia e legitima a ciência, os cientistas e a universidade: a imunização é o caminho!